Os seres humanos têm um vasto conhecimento sobre as origens da nossa espécie. sabemos, por exemplo, que nossos ancestrais eram hominídeos,que habitavam a Terra há cerca de 7 milhões de anos. Centenas de cientistas, no mundo todo, participavam de estudos para descobrir como eram (seus aspectos físicos) e como viviam (aspectos sociais, culturais etc.). Para isso, analisam vestígios deixados pelos antepassados. Esses vestígios podem ser, por exemplo, fósseis, ferramentas, esculturas, utensílios, restos de fogueiras, entre outros.
O surgimento da espécie humana foi resultado de um longo processo, que se estendeu por centenas de milhões de anos e envolveu não só alterações físicas no corpo, mas também mudanças culturais, como o modo de viver e hábitos em geral. Entretanto, a ciência ainda não encontrou uma resposta precisa a respeito de como e quando o ser humano apareceu na Terra.
Estudos paleontológicos
Como seriam nossos ancestrais? Sabemos que a maior parte dos humanos mais antigos não existe mais. No entanto, pesquisadores encontraram vestígios de sua existência. Entre eles, destacam-se os fósseis.
Os fósseis fornecem pistas que permitem aos estudiosos construir hipóteses sobre o "percurso humano". É o que fazem as seguintes ciências:
* Paleontologia humana - estuda os fosseis dos corpos dos humanos antigos. Em geral, são ossos e dentes, que,por serem as partes mais resistentes, preservaram-se ao longo do tempo;
* Arqueologia - estuda os objetos feitos pelos seres humanos, como instrumentos de pedra e metal, peças de cerâmica, sepulturas, procurando descobrir como eles viviam.
África, as nossas origens
Para muitos historiadores, foi no continente africano que surgiram nossos primeiros ancestrais, visto que ali foram encontrados os fósseis humanos mais antigos.
Da África, nossos primeiros ancestrais teriam se deslocado, aos poucos, para outras regiões do planeta: Ásia, Europa, Austrália e América. Todos esse processo é objeto de pesquisas contínuas.
Entre os primeiros hominídeos, estão os do gênero Australopithecus, termo que significa "macaco do sul". Viveram na África desde, aproximadamente, 4,5 milhões de anos. Caminhavam de pé (bípedes), em posição semiereta, tinham estatura média de 1, 20 metros, dentes molares relativamente resistentes e cérebro com volume médio de 570 cm³. Supõe-se que sua alimentação tenha sido baseada em vegetais, como gramíneas, raízes, sementes e brotos, mas acredita-se que algumas espécies de Australopithecus também se alimentavam de lagartos, ovos e pequenos mamíferos. A maior parte deles extingui-se há cerca de 1 milhão de anos.
Gênero Homo
As análises de registros fósseis também indicam que, por volta de 2 milhões de anos atrás, a "árvore" da família dos hominídeos já apresentava outro ramo diferente dos Australopithecus. Trata-se das espécies do gênero Homo, que inclui os seres humanos atuais.
Entre as principais espécies de gênero Homo, estão o Homo habilis, o Homo erectus, o Homo neanderthalensis e o Homo sapiens.
Homo habilis
* Período: viveu há aproximadamente 2 milhões de anos.
* Local: África
* Volume cerebral: em torno de 700 cm³.
* Alimentação: além de vegetais, incluía um pouco de carne.
* Habilidades: recebeu a denominação Homo habilis (que significa "homem habilidoso") porque, segundo os pesquisadores, fabricou os primeiros instrumentos de pedra e madeira.
* Local: África
* Volume cerebral: em torno de 700 cm³.
* Alimentação: além de vegetais, incluía um pouco de carne.
* Habilidades: recebeu a denominação Homo habilis (que significa "homem habilidoso") porque, segundo os pesquisadores, fabricou os primeiros instrumentos de pedra e madeira.
Homo erectus
* Período: viveu, aproximadamente, de 1,7 milhão até 300 mil anos atrás.
* Local: habitou a África e dispersou-se pela Europa e Ásia, mas não chegou à América nem à Austrália.
* Volume cerebral: cerca de 900 cm³.
* Alimentação: era onívoro, isto é, comia vários tipos de alimento. Além dos vegetais, a carne passou a ser muito importante em sua alimentação.
* Habilidades: foi a primeira espécie a construir instrumentos de pedra com, aproximadamente, uma dúzia de padrões mais definidos e identificáveis, como machados de mão, raspadores, facas etc. foram os primeiros hominídeos a praticar a caça de forma organizada e a utilizar o fogo.
* Local: habitou a África e dispersou-se pela Europa e Ásia, mas não chegou à América nem à Austrália.
* Volume cerebral: cerca de 900 cm³.
* Alimentação: era onívoro, isto é, comia vários tipos de alimento. Além dos vegetais, a carne passou a ser muito importante em sua alimentação.
* Habilidades: foi a primeira espécie a construir instrumentos de pedra com, aproximadamente, uma dúzia de padrões mais definidos e identificáveis, como machados de mão, raspadores, facas etc. foram os primeiros hominídeos a praticar a caça de forma organizada e a utilizar o fogo.
Homo neanderthalensis (ou Homem de Neandertal)
* Período: viveu, aproximadamente, de 135 mil até 34 mil anos atrás.
* Local: habitou vasta região do mundo, incluindo partes da Europa, do Oriente próximo e da Ásia.
* Volume cerebral: cerca de 1400 cm³.
* Alimentação: era onívoro.
* Habilidade: desenvolveu uma série de instrumentos de pedra (como faca, raspadores e pontas de lança) e instrumentos de osso cuja construção exigia perfeito controle das mãos e conceito preciso do trabalho a ser realizado. Segundo alguns pesquisadores, possuía linguagem falada, cuidava dos idosos e doentes de suas comunidades e praticava rituais de sepultamento; provavelmente era mais forte e musculoso que a maioria das pessoas de hoje.
* Outras características: apresentava algumas semelhanças com os seres humanos atuais (Homo sapiens), como o tamanho do cérebro, e com o Homo erectus, como caixa craniana com paredes grossas.
Homo sapiens
* Período: constitui a espécie da qual fizemos parte, cujas primeiras evidências arqueológicas foram encontradas na África e datam de cerca de 200 mil anos. Seus fósseis mais antigos encontrados na Europa têm cerca de 40 mil anos.
* Local: vivei na África, Ásia, Europa e migrou para a Emérica.
* Volume cerebral: em torno de 1350 a 1400 cm³.
* Alimentação: onívoro.
* Habilidade: desenvolvimento da consciência reflexiva, da linguagem falada e escrita, da técnica, da capacidade de expressão artística, do senso de moralidade.
Paleolítico (da pedra antiga ou da pedra lascada) é o nome que se dá ao período da história humana que vai do aparecimento do gênero Homo, há cerca de 2 milhões de anos, até o início da prática da agricultura, ocorrido há cerca de 10 mil anos.
O Paleolítico foi um período muito longo. Durante quase dois milhões de anos, os hominídeos foram se adaptando à natureza: em vez de conservar o fogo, que era ateado nas matas por raios, eles começaram a produzi-lo. Os artefatos produzidos também foram se aperfeiçoando, e os humanos criaram as primeiras manifestações artísticas.
O Paleolítico foi um período muito longo. Durante quase dois milhões de anos, os hominídeos foram se adaptando à natureza: em vez de conservar o fogo, que era ateado nas matas por raios, eles começaram a produzi-lo. Os artefatos produzidos também foram se aperfeiçoando, e os humanos criaram as primeiras manifestações artísticas.
Primeiros instrumentos
Os seres humanos de diferentes regiões do mundo (África, Europa, Oriente Médio, Ásia, América) confeccionaram seus primeiros instrumentos utilizando madeira, ossos, chifres e pedras. A convecção e a utilização cada vez mais generalizadas de instrumentos são um dos principais fatores que distinguem os seres humanos dos demais animais.
Supõe-se que, inicialmente, os humanos utilizavam materiais como ossos, madeiras ou pedras da maneira que encontravam na natureza. Depois, a partir desses materiais, começaram a confeccionar objetos como facas, machados e arpões. Por fim, passaram a produzir instrumentos mais padronizados,seguindo modelos. De acordo com arqueólogos, esses parâmetros de produção identificam distintas culturas.
Os instrumentos de pedra tiveram um papel relevante no Paleolítico. Eram utilizados, por exemplo, para arrancar plantas comestíveis, cortar e separar a casca do miolo dos frutos e confeccionar novos instrumentos.
Alimentação e nomadismo
No Paleolítico, os seres humanos ainda não produziam diretamente seus alimentos, isto é, não cultivavam plantas nem criavam animais. Consumiam o que encontravam natureza, como frutos, grãos e raízes, e o que caçavam e pescavam. Quando os alimentos de um local se esgotavam, os grupos humanos se mudavam para outro. Por essa razão, foram denominados grupos nômades caçadores-coletores.
Controle do fogo
O controle do fogo foi certamente uma das maiores conquistas desse período, permitindo aos humanos suportar o frio, afastar animais perigosos e cozinhar alimentos.
No processo do domínio do fogo, supõe-se que os humanos, a princípio, procuravam manter aceso o fogo provocado ocasionalmente pelas forças da natureza (um raio, por exemplo). Posteriormente aprenderam a produzi-lo pelo atrito de pedaços de madeira, lascas de pedras etc. A partir de então, desenvolveram outros métodos.
Abrigos e roupas
No decorrer do Paleolítico, grupos humanos em diferentes regiões do planeta também desenvolveram técnicas para se proteger dos rigores do clima. Construíram, assim, os primeiros abrigos e produziram as primeiras roupas, com peles de animais (couro).
Além disso, foram aprimorando e diversificando produção de instrumentos e utensílios, como lanças, arcos, flechas, arpões, lâminas e anzóis.
Formas de organização social
Para melhor garantir a sobrevivência, diversas sociedades de caçadores e coletores estabeleceram modos de cooperação entre seus membros. Com isso, conseguiam, por exemplo, construir abrigos em menor tempo ou desenvolver táticas de de caça em conjunto.
Supõe-se que também estabeleceram divisões de tarefas. Segundo os estudiosos, é possível que tenha ocorri do uma divisão de trabalho de acordo com o sexo e a idade. Geralmente, entre os adultos, os homens caçavam e as mulheres faziam a maior parte da coleta de alimentos e vegetais e cuidavam das crianças.
Neolítico
No período Neolítico, as pedras utilizadas na produção de instrumentos começou a ser polida, sendo aprimorado o fio do de seu corte. Por esse motivo, o período também é conhecido como Idade da Pedra Polida, enquanto o Paleolítico é chamado de Idade da Pedra Lasca.
As sociedades agropastoris
A partir de 8000 a.C., alguns povos de Neolítico passaram a cultivar plantas, (agricultura) e a criar animais (pastoreio). Começaram, assim, a produzir a própria alimentação.
Os tipos de plantas cultivados pelos povos neolíticos variavam de uma região para outra, destacando-se espécies vegetais como trigo, centeio, cevada, milho, batata, mandioca e arroz. Os animais criados foram principalmente carneiros, cabras, bois porcos e cavalos.
à medida que essas atividades foram priorizadas, muitas comunidades agropastoris acabaram adotando um modo de vida sedentário. Isso não quer dizer, no entanto, que as comunidades desse período abandoaram a coleta de frutos, a caça e a pesca. Acredita-se que, durante um longo período, elas não tiveram a agricultura e a criação de animais como formas predominantes para a obtenção de alimentos. A adoção do sedentarismo tampouco foi definitivamente ou uniforme, pois nem todas as comunidades abandonaram o nomadismo, isto é, o deslocamento constante para outras regiões.
De qualquer forma, o novo modo de vida encontrado no Neolítico, que se caracterizou pelo desenvolvimento da agricultura, da criação de animais e das aldeias sedentárias, difundiu-se por várias regiões do planeta, mas em épocas diferentes. Ou seja, existiram núcleos de "neolitização" em diversas regiões do mundo, como no Oriente Próximo, no norte da China, na região tropical da Ásia, na América do Norte (México) e na América Central. Alguns estudiosos costumam referir-se a esse processo como revolução agrícola.
Dominando técnicas agrícolas pastoris, muitas comunidades puderam produzir mais alimentos do que o necessário ao seu consumo imediato passando, assim, a fazer estoques.
Todo esse processo não foi brusco nem transcorreu sem problemas nas comunidades. Estima-se que, em certas regiões do Oriente Próximo e da América, nas fases inicias da agricultura, o predomínio de cereais na alimentação tenha provocado uma redução no tempo médio de vida das pessoas, devido a carências nutricionais. Além disso, o sedentarismo e o agrupamento de populações mais numerosas favoreceram a propagação de epidemias, pelo maior contato entre seus membros.
No entanto, vista de forma ampla, a chamada revolução agrícola e pastoril contribuiu para o aumento da população humana.
Inovações técnicas
Além do desenvolvimento técnico agropastoril, diversos povos do Neolítico também promoveram outras inovações.
* Moradia - para viverem próximo dos rebanhos e das plantações e conseguir uma moradia mais durável, os povos do Neolítico começaram a construir casas utilizando madeira, barro, pedra e folhagem seca. O interesse por habitações desse tipo relaciona-se, portanto, ao processo de sedentarização dos povos neolíticos.
* cerâmica - a necessidade de cozinhar e armazenar os alimentos levou diversos povos do Neolítico a desenvolverem a técnica de dar forma à argila e aquecê-la no fogo para produzir os primeiros vasos e potes cerâmicos - recipientes que suportavam o calor do fogo e podiam conter líquidos.
* tecelagem - vários grupos humanos começaram a fiar e a tecer, utilizando pelos de animais e fibras vegetais. Surgiram, assim, as primeiras vestimentas de linho, algodão e lã. As roupas, que até então eram feitas principalmente com peles de animais (couro), passaram a ser mais elaboradas.
Por volta de 4000 a. C., as primeiras sociedades urbanas do Oriente Próximo começaram a desenvolver a metalurgia, ou seja, a utilização sistemática de metais para a fabricação de objetos.
Os metais, muitas vezes, eram extraídos de terras distantes das oficinas metalúrgicas.
O primeiro metal a ser fundido em larga escala foi o cobre. Posteriormente, a partir da mistura do cobre com o metal estanho, conseguiu-se o bronze. Essa liga metálica, mais resistente que o o cobre, foi empregada na fabricação de instrumentos como espadas, lanças e martelos.
Por volta de 1500 a. C., alguns povos desenvolveram a metalurgia do ferro, e a nova técnica foi difundida por várias cidades do Oriente Próximo, entre outras regiões.
Os instrumentos feitos de ferro possibilitavam aumento da produção agrícola e do artesanato. No entanto, objetos de pedra, como a ponta das setas e as raspadeiras, continuaram sendo amplamente utilizados.
O desenvolvimento da metalurgia representou enorme conquista tecnológica, pois possibilitou a produção de instrumentos e objetos resistentes, das mais variadas formas.
Os metais, em geral, são tão duros quanto a pedra, mas podem ser modelados na forma que se desejar, ou seja, podem ser fundidos. A fusão do metal tornou possível a confecção de objetos como panelas, vasos, enxadas, machados, pregos, agulhas, facas e lanças de metal.
O trabalho metalúrgico exigiu habilidade, conhecimentos especializados e disponibilidade de tempo.
Os metais, muitas vezes, eram extraídos de terras distantes das oficinas metalúrgicas.
O primeiro metal a ser fundido em larga escala foi o cobre. Posteriormente, a partir da mistura do cobre com o metal estanho, conseguiu-se o bronze. Essa liga metálica, mais resistente que o o cobre, foi empregada na fabricação de instrumentos como espadas, lanças e martelos.
Por volta de 1500 a. C., alguns povos desenvolveram a metalurgia do ferro, e a nova técnica foi difundida por várias cidades do Oriente Próximo, entre outras regiões.
Os instrumentos feitos de ferro possibilitavam aumento da produção agrícola e do artesanato. No entanto, objetos de pedra, como a ponta das setas e as raspadeiras, continuaram sendo amplamente utilizados.
O desenvolvimento da metalurgia representou enorme conquista tecnológica, pois possibilitou a produção de instrumentos e objetos resistentes, das mais variadas formas.
Os metais, em geral, são tão duros quanto a pedra, mas podem ser modelados na forma que se desejar, ou seja, podem ser fundidos. A fusão do metal tornou possível a confecção de objetos como panelas, vasos, enxadas, machados, pregos, agulhas, facas e lanças de metal.
O trabalho metalúrgico exigiu habilidade, conhecimentos especializados e disponibilidade de tempo.